Na vibe errada!

Eu e minha mania de sair de casa mesmo quando sinto o cheiro de fogueira de longe. Sim, pq onde há fumaça há fogueira e fogueira é sinal de programa de índio.

Eis que, na quinta, após o Filme Fashion, uma amiga querida me chama para "dar uma passada" numa balada com ela, pois ela tinha prometido para não sei quem que iria. Eu disse que até poderia ir, mas não queria chegar tarde e que ficaria no máximo 01 hora (afinal, tenho que pagar contas, né?). Aí, pedi um resuminho do local.

Ela: "É aqui pertinho. É a balada do meu aniversário, só que agora eles mudaram o som para electro, pois acham que tá pegando mais. Eu conheço a dona, a gente vai, entra na faixa, fica no camarote um pouco e vai embora."

Eu me lembrei da festa dela. Lembro que a danceteria (apesar da música nojenta) era arrumadinha, bonitinha e tinha muitos lugares para se jogar no sofá. Então, resolvi ir com ela. Dei um jeito na cara, coloquei os manolos (sempre eles) e fui com toda a coragem do mundo. Pq vc sabem, puta gosta de sair em duplinhas, assim causa mais né??? hahahaha

Cheguei na casa por volta de 00h30, não tinha fila, achei bacana e até me animei. Mas quando cheguei na pista, quase tive um AVC (acidente vascular cerebral) imediatamente. O som era péssimo, a casa tava super vazia, só tinha gente estranha (modo educado de falar: feia, brega e tabajara) e a temperatura girava em torno de 40 graus. Lógico que o ódio dominou meu semblante.

Para completar a festa, muitas meninas com "brusinha de malha", daquelas estampadinhas, que são soltinhas na barriga, calça jeans apertadinha e aquelas MALDITAS botas pata de paquiderme. Aiiiiiiiii, não fode!!!! Isso é pecado fashion mortal!!! Todas pulando na maior "vibe", tirando fotinhos com carinha de EMO e fazendo umas coreografias de deixar a banda Deseo com inveja.

Agora, tive certeza que estava em uma tribo indígena quando vejo um indivíduo usando uma camiseta promocional da CVC na balada. Hahahaha....tive que olhar várias vezes pois não conseguia acreditar. O cara tava de camiseta da CVC, escrito enooooorme e se achando nas dancinhas. Gente, só faltou chamar o Rouge!

Claro que dei meia volta na mesma hora e sai do recinto. Nem perguntei para minha amiga se ela queria ir embora. Simplesmente fui. Afinal, aquilo ali tava me parecendo um rito de iniciação ao paganismo e eu não queria ser sacrificado para alguma entidade anti-moda. Tenho ME-DO!

** (vou assistir Adorável Júlia...filminho gostoso e com figurino belíssimo. Para tirar o trauma desta noite...rs. E para quem quer saber: não, não gosto de rave!)