Cometa Halley

Depois de um tempo absurdo, eu consegui passar aqui. Ando trabalhando bastante e mal tenho tempo de ver tevê, mas esses dias peguei umas cenas da novela A Favorita, da Globo e me deparei com o tal personagem Halley, de Cauã Reymond.

Primeiro, quero esclarecer que acho o Cauã um cara bonito, não sei se é gay ou não, mas seus dotes de ator são reduzidos, vamos combinar. Enfim, o papel dele na novela se resume, até onde entendi, em interpretar um aproveitador mequetrefe de subúrbio. Mulherengo, irresponsável, muleke, porra loka...enfim...

Acontece que o referido personagem aplica um golpe em quem? Em um gay, certo? Não sei pq, mas achei isso tão...REAL. Uma realidade 100% nacional, se não for mundial né?

Halley é hétero, mas se finge de gay para aproveitar-se de um homossexual assumido que possui uma boa situação financeira. O homossexual sente-se profundamente atraído pelo suposto "homem" e passa a agradar o mesmo de diversas formas. É engraçado, mas Halley é o retrato de algo extremamente comum entre os gays. É normal encontrar "casais" onde um dos dois "banca" o outro, que em geral é o mais machão da dupla ou, o mais novinho e bonitinho. Sei que muita gente vai achar que estou sendo preconceituoso ou que estou generalizando, mas não é o caso. Existem pessoas que, apesar das diferenças e do dinheiro envolvido, realmente se relacionam emocionalmente. No entanto, não devemos fechar os olhos para os inúmeros "machões" ou "garotões" que são sustentados por gays. E nem estou falando de gays mais velhos, mas falo de gays jovens, bonitos, no auge de seu poder de sedução e com situação financeira e intelectual estável.

Na verdade, o que me chamou a atenção, foi ver como Halley representava o hétero que quer tirar proveito do gay. Gente, presencio isso entre alguns conhecidos. Pessoas que vivem caçando um suposto homem hétero para poderem se sentir "plenos" em sua homossexualidade. Okay, não vejo nenhum problema em gostar dos héteros, mas é preciso pesar na balança se o preço que se paga por esse desejo não é alto demais. Nestes casos, paga-se, literalmente, para viver uma fantasia. E eu, sinceramente, prefiro gastar meu dinheiro para viver fantasias no cinema, nos livros ou na Disney, certo?

** (o assunto acima daria uma extensa discusão sobre a relação/atração de gay por héteros ou pseudo-héteros, mas prefiro deixar isso para um outro post, afinal, ainda tenho tanto para resolver aqui no trampooo! bjs!)