Devagar quase parando

E a Parada acabou né? Uns dizem 5 milhões, outros 3 milhões outros ainda 3,5 milhões...enfim...isso importa pouco. O que importa é que tinha MUITA gente lá.

Mais uma vez eu não fui e não tive a mínima vontade de participar. Acho bonita a festa e acho até importante que a Parada exista, pois ela é a certificação do direito de expressão da comunidade GLS, uma verdadeira conquista dos gays e afins e que merece ser louvada, já que permite a livre expressão de cada pessoa que está ali.

Agora, vamos combinar que existem muitos "tipos" de expressão e que, grande parte delas, é desnecessária. Como gente se esmurrando nos jornais, muito roubo, gente bêbada, gente pelada...enfim, acho um certo exagero para um evento que "prentende" a seriedade de revindicar por direitos para os homossexuais. Mas, com certeza, muitos dirão que: "ah, isso é implicância sua...as pessoas vão lá festejar e mostrar para a sociedade que os gays existem!" Okay, pode até ser, mas eu não compartilho desse modo de existência. Eu "existo" de outra maneira.

Por isso, preferi ficar em casa. E ler nos jornais a seguinte declaraçãod e um casal hétero: "A gente veio de longe para ver a parada. É uma festa, mais agitada que Carnaval" - diz o casal, que prefere manter sua identidade em sigilo.

Bom, esse tipo de coisa comprova minha tese. Carnaval e coisa séria não combinam muito e eu, sinceramente, não tô afim de servir de macaco de circo para héteros que acham nossa festa bunitinha e vem soltar a vaca prá pastar no "anonimato".

Mas digo novamente: acho importante que a Parada exista, acho muito legal quem vai lá e se diverte, mas tb acho essencial respeitar o gay que não quer ir. Ele não deixa de ser gay e de lutar por seus direito só por não participar do evento, certo?

** (aproveitei o feriado para ler, jogar e descansar muiiiito...nadinha de trabalho, viu?)