Dear Spektor!

Há alguns dias atrás eu estava zapeando pela tevê quando me deparei com o clipe de uma cantora, com uma voz doce. Tratava-se de Regina Spektor, uma jovem russa, de apenas 26 anos, que mudou-se para os EUA ainda pequena e virou cantora. Fui pesquisar mais sobre ela e eis que descobri que eu já tinha me encontrado com a voz melodiosa da gata há alguns meses, com o clipe de Ode to Divorce, que faz parte do seu segundo disco, Soviet Kitsch. Essa música é linda e o clipe uma delícia. A direção de arte e fotografia são bem legais. As letras são gostosinhas de cantar e possuem uma carga emocional bem interessante.

O clipe de Fidelity (aquele que eu linkei ali em cima) é fantástico!!! O final em que ela entrega seu coração ao "homem imaginado" e ele se parte liberando as cores do mundo para ela, é bárbaro. Tudo vira colorido quando ela se apaixona e resolve entregar-se ao amor. Mas ao dar uma olhada ainda melhor na fofa, descobri que ela possui um trabalho MUIIITO bom!

Filha de um fotógrafo e violinista amador e de uma professora de música, Regina estuda piano desde os 6 anos de idade. A paixão pela música pegou e ela sempre compunha novas canções e ficava cantando pela casa. Foi descoberta e produzida por Gordon Raphael (que trablahou com os Strokes). Uma coisa levou a outra e ela abriu alguns shows da banda durante a turnê Room on Fire e ficou protegida dos queridos, chegando a gravar uma música com eles, chamada Post Modern Girls And Old Fashioned Man. Elka faz a linha cool, bacaninha, moderna, mas com conteúdo.

Ela lançou seu primeiro CD, 11:11 em 2001, que foi adorado por todos. Em 2002, veio com Songs, onde lançou a incrível Samson. Vendo esse clipe, já dá para perceber o cuidado e a poesia que a garota imprime em cada trabalho. Em 2004, seu trabalho mais famoso, Soviet Kitsch, em que ela incorpora uma imagem de menina descolada e suas canções ganham ainda mais força e personalidade, com Poor Little Rich Boy, em que ela batuca em uma cadeira e a foférrima Somedays. Destaque total para o clipe de Us, é muito bom mesmo! Só vendo para crer.

O seu último trabalho é o CD Duplo Begin to Hope, lançado em 2006. Que traz como carro chefe Fidelity e a bacaninha Better. Apesar de ser um trabalho bem mais comercial (e por isso que deve ter chegado na tv por aqui, ainda que só na tv paga) ainda possui a marca registrada, poética, quase meio infantil e desprotegida dessa moça de ascedência soviética comprovada. Em 2006, ela jogou-se em uma bem-sucedida turnê pelos EUA e Europa para divulgar o novo trabalho.

Influenciada por vozes como Patti Smith, Velvet Underground e Billie Holliday sua voz é doce, leve, uma pluma. E ela imprime uma personalidade própria em suas cações, brincando com paradinhas no piano, barulhinhos e tudo meio assim. Gosta de improvisar e diz que já possui mais de 700 músicas escritas. O que mais impressiona no trabalho dela, além da sua beleza de bocão vermelho, cabelo ruivo, olhos claros e pele alva, é a qualidade gráfica e as referências que utiliza. Reparem no site dela, que tem até joguinhos bacanas. E na foto e produção de figurinos HIPER modernos. Em 2006, ela lançou a coletânea Mary Ann Meets the Gravediggers and Other Short Stories, com vários de seus sucessos e ainda mais legal, com várias músicas de uma personagem criada por ela, chamada Mary Ann e que aparece em várias de suas canções.

Com certeza Begin to Hope já entrou na lista de discos favoritos para 2007 e a cantora ainda vai tocar muito nos meus ouvidos suas canções suaves e melodiosas.

** (tipo de música ideal para se apaixonar né??? Ai, ai...puta tb é romance!)