Hoje, a diva das divas
Madonna, completa meio século de história!
E o que pode se dizer desta figura controversa aos 50 anos de idade? SUCESSO!
É claro que eu, assim como a maioria das "amigas do ramo" curto muito Madonna, já que ela representa um ícone de força feminina e de "mulher fálica" tão persiguido pelos gays. No entanto, admiro essa mulher por outras coisas.
Foram pouquíssimas as celebridades que conseguiram subir como ela e manter-se no topo por tanto tempo e, ainda por cima, fazendo aquilo que gostam. Agora, mais importante do que o velho chavão de: "ela é um ícone da música pois mantém seu sucesso sendo uma camaleoa", essa mulher é o verdadeiro exemplo de como, por mais dura e enlouquecedora que seja a vida moderna (em especial de uma famosa), todos podemos buscar outros sentidos e aprender novas formas para guiar nossa vida para uma existência mais pacífica.
Lembro-me de duas grandes frases de Madonna:
01 -
O dinheiro não pode mandar em nós e, para isso, devemos aprender a respeitá-lo (frase que ela soltou na época de Ray of Light quando a acusaram, pela vigésima vez, de ser pão dura, inclusive com a filha, na época pequenina, Lourdes Maria)
02- Quando não nos importamos mais com os outros, quando não esbarramos no limite dos outros e quando não aceitamos e percebemos esses limites, experimentamos a pior solidão que há no mundo. (frase de uma entrevista da época da conturbada adoção de David Banda, quando insunuaram que ela estava entrando na onda de celebridades que querem adotar crianças para sairem "bem na foto"!)
Alguns podem não perceber, mas ela soltou dois grandes ensinamentos nestas duas frases. Primeiro, Madonna não deixou-se engolir pela fama, que ela tanto perseguiu. Poucas cantoras no mundo foram tão obstinadas quanto ela que, nas entrevistas de seu primeiro álbum disse: "Eu quero conquistar o mundo", quando lhe perguntaram quais seriam seus próximos passos. E ela conquistou. E claro que teve os momentos de celebridade enlouquecida, mas ela soube transformar isso tudo! E soube levantar-se.
Madonna não deixou-se engolir pelo "personagem Madonna". Ou seja, ela soube separar o ícone da pessoa real. Foi isso que ela fez com seus filhos, que não a enxergam como uma estrela do pop mundial, mas apenas a olham como mãe. Isso que importa! O mesmo com o marido, que não a olha como "cacete, tô pegando a Madonna, a mior diva do pop!". Ele simplesmente enxerga uma mulher interessante com quem ele quer estar. Isso é um sucesso na vida dela e uma das coisas mais difíceis, ao meu ver, de administrar quando se fica famoso.
Outro ponto importante de Madonna é aprender a enxergar a necessidade pessoal de ir além. Madonna nunca teve medo de explorar fraquezas e tentar resolvê-las (o que lhe rendeu um título de obcecada pela perfeição extrema). Na verdade, com isso, Madonna soube assumir que era uma pessoa com medos e que temia pelo seu fracasso. Uma atitude sábia, que a tira do lugar de Deusa (um fardo pesado demais e que enlouquece grande parte das divas) e a coloca no correto lugar de um simples ser-humano. (se é que pode-se chamar um ser humano de simples)
Por fim, Madonna sentiu a necessidade de ajudar ao próximo. E quando ela fala de limites, de "perceber" esse outro, ela não fala apenas de caridade, mas fala da vida dela em geral. Incluindo aqui a busca espiritual dela que ajudou-a a focar nas coisas que realmente eram importantes para ela seguir adiante. Quando ela fala dessa solidão, está citando também a relação ultra-narcísica que muitas celebridades (e pessoas em geral) vivem em nossa pós-modernidade aflitiva e individualista.
Ou seja, ao "encontrar" com essa diversidade humana e ao se colocar no nível humano, o peso sobre Madonna é menor e colabora para que ela fique próxima das novas gerações e, mais importante, não se distancie do real, afundando nos delírios de um sucesso do mundo da música. Com isso, ela conseguiu ter uma carreira equilibrada, ajustar alguns pontos com sua família, superar, em partes, a dor da perda da mãe (inclusive por meio da própria maternidade), relacionar-se de maneira mais pacífica com o homem que ama, aprender a ver seus erros, ajudar aos outros, ter uma família feliz e continuar trabalhando e inventando dentro daquilo que curte fazer.
Todas essas razões me dão motivos de sobra para admirar essa mulher e parabenizá-la por 50 anos de vida, bem vividos, onde ela não deixou de mudar enm um minuto e não apenas vencer, mas aceitar a derrota e evoluir com ela.
Por fim, (momento master bichinha!!!) amo ela pelas músicas, pelas roupas, pelo fato de ter a maior "bucetada" de todo o mundo, por ser uma mulher de atitude, super marketeira, que ganha rios de dinheiro, é linda, se veste bem e faz tudo para ser a melhor no que faz.
E ela é fodona! Ponto final!
Parabéns Maddie! Sucesso!
"Sometimes...I don´t know who I am..."** (e no domingo, 22h, liga na A&E e vê o show da Confessions Tour. Se vc ainda não viu, toma um lexotan antes e carrega no OB, pois é de ovular nível adolescente!)